A aluna Lara Couto, do 7.º C, desafiada pela professora de Português, escreveu este pequeno conto.
Missão Na Ilha
Tudo isto aconteceu
ainda no ano passado. Eu estava em Lisboa, de férias com a minha tia (férias da
escola, não das missões), mas estava tudo calmo e ninguém fazia coisas
maquiavélicas como destruir o planeta ou rebentar com a Lua! Até o próprio Gore
(o meu arqui-inimigo/pior pesadelo) não estava a fazer nada! Esquisito… mas
verdade. Portanto, eu estava descansada, até que recebi uma chamada da Filipa (purple):
- Lara, tens uma
missão.- dizia ela.
- Finalmente! Já não era
sem tempo! Então o que é!? É o Gore!?
- Tráfico de droga!
- Tráfico? Vai chamar a
polícia que eu não sou pessoa de ir a isso. Eu não vou.
- Vais e é se queres. O
governo mandou-te ir.
- Ok… está bem…
- Lara, se eu estivesse
no teu lugar também não queria ir, mas é a nossa obrigação como super-heroínas.
- Eu sei… Então onde é?
- Na Madeira.
- NA MADEIRA?! Mas tu
sabes a que distância isso fica daqui?! E os meus pais?!
- Lara, os teus pais
também já foram heróis, eles entenderão. E em relação à distância... Bem,
começa a fazer as malas para o avião.
E lá fui eu! Estava um
pouco desiludida por não ser algo mais divertido, mas tive que ir na mesma.
Quando cheguei, a Beatriz Azevedo (red) já
estava lá e o Daniel com ela, todos a sorrir e a dizer “olá”:
- Olá, gente bonita! Tudo
bem? Eu nem acredito que nos mandaram investigar TRÁFICO?!
- É verdade, mas temos
que o fazer.- dizia a Beatriz.
- E onde está o resto do
pessoal? A Beatriz Costa (black), a Flávia (orange),
a Sofia (light pink), etc.?
- Bem, a Filipa está a
atender e a fazer chamadas…
- Até aí eu já cheguei,
mas… e o resto?
- Mandamo-los de férias.
- E eu, não sou ninguém,
pois não?!
- Lara, tu és a mais
importante, portanto… tinhas que estar ao ativo.
- Essa foi chunga!-
dizia o Daniel
- Olhem, chega de conversa, nós temos que nos
encontrar com um agente do governo- dizia a Beatriz - Ele vai-nos dar
indicações sobre o traficante.
- Apetecia-me ir beber
um sumo. - disse eu - Lembrem-se que estou de férias!...
- AHHHH?! E nós não?! -
perguntou o Daniel.
- Quanto mais tempo
demorarmos, menos tempo temos para relaxar. - disse a Beatriz.
- Está bem, “miúda
regrinhas”…
E dirigimo-nos até ao
local combinado. Vestimos os nossos fatos e máscaras e fomos ter com o agente.
Ele era muito pequeno, parecia ter cerca de 10 anos.
- Deve ser dos mais
novos. - sussurrei eu
- Meeeeu!!!! ele é
minúsculo!! !- disse o Daniel a aguentar o riso.
- Parem com isso! -
ordenou o “agentezinho”.
- Coitado…. -
acrescentei eu.
O Daniel então não
aguentou o riso e desatou às gargalhadas. Depois bichanou-me ao ouvido:
- O coitado parece ter
10 anos!...
- Comporta-te, meu! – disse-lhe eu.
- Mas ele é…
minúsculo!!!
Nessa altura, o
“agentezinho”, percebendo o que se estava a passar, dá-lhe um pontapé e atira-o
contra uma árvore.
- Ah, ah, ah!!! – rimos
todos. - Bem feito!
- Ai, meu Deus, - gemia
o Daniel - que força!!
- A partir de agora,
mais respeito! - disse o “agentezinho”.
- Vamos parar com a
brincadeira e começar a missão!? - gritou a Beatriz.
- Ele atirou-me contra a
árvore e tu achas que nós estamos a BRINCAR!? - refilou o Daniel.
- Tu estavas a ser parvo
- respondi eu. - Eu comecei a salvar o mundo era ainda mais nova, portanto, vê
se mostras respeito.
-
Que idade tinhas?
- Para aí uns 8 anos.
- OMG! Devias ser tão
fofa!
- CALA-TE IDIOTA! Para
isto terminar bem ainda te dou um soco!
- Toma e embrulha,
Daniel. - disse a Beatriz - Agora vamos mas é voltar ao trabalho.
- Então, como te chamas?
- João- respondeu o
“agentezinho” - e o traficante chama-se Zagreb.
- Tem o nome da capital
da Croácia! Que giro! – espantou-se a Beatriz.
- E onde está ele? -
perguntei eu.
- Na Floresta Verde. -
respondeu o “agentezinho”.
E lá fomos nós para a
tal floresta. Como o nome indicava, a floresta era verde, mas escura, ofuscante
e assustadora...
Quando chegamos a uma
gruta, paramos e, ao sinal do “agentezinho”, entramos. Era tudo preto e
assustador e nós ficamos arrepiados.
- Aiiii, Deus,
salva-me!!! - pedia o Daniel.
- Mais alguém, além de
mim, tem os cabelos em pé? - perguntou a Beatriz.
- Tu é que querias isto,
portanto a culpa é toda tua, Bea! - disse eu.
Vestimos umas capas
pretas, para passarmos despercebidos, e lá continuamos, com “pele de galinha”.
De repente, uma voz atrás de nós:
- Que lindos meninos,
hehehe!!! Bem-vindos, hehehe!!!
- Olá - respondi eu com
voz grossa, a tentar não gaguejar e a fingir de má. - Viemos ver o… o produto!
- Óptimo! É mesmo para
isso que aqui estou, conforme o combinado com o vosso contacto!
Dito isto, ele passa-me
para a mão um pacote que eu supus que continha uma qualquer droga.
- Ó… ótimo, hehehe…
- Agora o pagamento.
- Oh, não - pensava eu,
já a suar.
- Lara, o teu cetro! –
sussurra-me a Beatriz.
- Certo, certo, o cetro!
- sussurro eu.
Então, decidida, peguei
no cetro e disse com voz firme:
- Estás detido por
tráfico de droga, Zagreb!!! (parecia tão fixe, naquela altura!...)
- O QUÊ?! NÃO! NÃO! NÃO
ME PRENDAS! - pedia o traficante. – Eu sou um mero “correio”!
Rapidamente, antes que
ele tivesse tempo para qualquer movimento, pus-lhe umas algemas e a Beatriz
chamou a polícia, sim, porque não era eu que o ia prender!
- Que seca ter de esperar que eles
cheguem – dizia o Daniel.
- Ganhaste outra vez…- murmurava o
Zagreb com uma voz grave.
- Cala-te, ó traficante! Ninguém te
perguntou nada! – gritou a Beatriz.
- Eu não sou Zagreb, sou eu, o teu
pior pesadelo! Parece que apanhaste mais um dos meus Rose,
mas não tarda até também perderes.
- Gore!!! Só podias ser tu!
- Um dia vai-vos acontecer o mesmo que
aconteceu à Yellow ou o que aconteceu à Green e aí veremos quem realmente ganhou.
A minha cara mudou
rapidamente da alegria para a tristeza, só de me lembrar:
-Eu não vou deixar que lhes toques!
- Veremos quem perdeu, veremos…- e,
dito isto, ele ficou inconsciente.
Olho para a Beatriz
Azevedo e para o Daniel e grito:
- Só por cima do meu cadáver!!!