terça-feira, 14 de maio de 2019

"Missão na ilha", um conto de Lara Couto, 7.º C

A aluna Lara Couto, do 7.º C, desafiada pela professora de Português, escreveu este pequeno conto.


Missão Na Ilha

Tudo isto aconteceu ainda no ano passado. Eu estava em Lisboa, de férias com a minha tia (férias da escola, não das missões), mas estava tudo calmo e ninguém fazia coisas maquiavélicas como destruir o planeta ou rebentar com a Lua! Até o próprio Gore (o meu arqui-inimigo/pior pesadelo) não estava a fazer nada! Esquisito… mas verdade. Portanto, eu estava descansada, até que recebi uma chamada da Filipa (purple):
- Lara, tens uma missão.- dizia ela.
- Finalmente! Já não era sem tempo! Então o que é!? É o Gore!?
- Tráfico de droga!
- Tráfico? Vai chamar a polícia que eu não sou pessoa de ir a isso. Eu não vou.
- Vais e é se queres. O governo mandou-te ir.
- Ok… está bem…
- Lara, se eu estivesse no teu lugar também não queria ir, mas é a nossa obrigação como super-heroínas.
- Eu sei… Então onde é?
 - Na Madeira.
- NA MADEIRA?! Mas tu sabes a que distância isso fica daqui?! E os meus pais?!
- Lara, os teus pais também já foram heróis, eles entenderão. E em relação à distância... Bem, começa a fazer as malas para o avião.
E lá fui eu! Estava um pouco desiludida por não ser algo mais divertido, mas tive que ir na mesma. Quando cheguei, a Beatriz Azevedo (red) já estava lá e o Daniel com ela, todos a sorrir e a dizer “olá”:
- Olá, gente bonita! Tudo bem? Eu nem acredito que nos mandaram investigar TRÁFICO?!
- É verdade, mas temos que o fazer.- dizia a Beatriz.
- E onde está o resto do pessoal? A Beatriz Costa (black), a Flávia (orange), a Sofia (light pink), etc.?
- Bem, a Filipa está a atender e a fazer chamadas…
- Até aí eu já cheguei, mas… e o resto?
- Mandamo-los de férias.
- E eu, não sou ninguém, pois não?!
- Lara, tu és a mais importante, portanto… tinhas que estar ao ativo.
- Essa foi chunga!- dizia o Daniel
 - Olhem, chega de conversa, nós temos que nos encontrar com um agente do governo- dizia a Beatriz - Ele vai-nos dar indicações sobre o traficante.
- Apetecia-me ir beber um sumo. - disse eu - Lembrem-se que estou de férias!...
- AHHHH?! E nós não?! - perguntou o Daniel.
- Quanto mais tempo demorarmos, menos tempo temos para relaxar. - disse a Beatriz.
- Está bem, “miúda regrinhas”…
E dirigimo-nos até ao local combinado. Vestimos os nossos fatos e máscaras e fomos ter com o agente. Ele era muito pequeno, parecia ter cerca de 10 anos.
- Deve ser dos mais novos. - sussurrei eu
- Meeeeu!!!! ele é minúsculo!! !- disse o Daniel a aguentar o riso.
- Parem com isso! - ordenou o “agentezinho”.
- Coitado…. - acrescentei eu.
O Daniel então não aguentou o riso e desatou às gargalhadas. Depois bichanou-me ao ouvido:
- O coitado parece ter 10 anos!...
- Comporta-te,  meu! – disse-lhe eu.
- Mas ele é… minúsculo!!!
Nessa altura, o “agentezinho”, percebendo o que se estava a passar, dá-lhe um pontapé e atira-o contra uma árvore.
- Ah, ah, ah!!! – rimos todos. - Bem feito!
- Ai, meu Deus, - gemia o Daniel - que força!!
- A partir de agora, mais respeito! - disse o “agentezinho”.
- Vamos parar com a brincadeira e começar a missão!? - gritou a Beatriz.
- Ele atirou-me contra a árvore e tu achas que nós estamos a BRINCAR!? - refilou o Daniel.
- Tu estavas a ser parvo - respondi eu. - Eu comecei a salvar o mundo era ainda mais nova, portanto, vê se mostras respeito.
            - Que idade tinhas?
- Para aí uns 8 anos.
- OMG! Devias ser tão fofa!
- CALA-TE IDIOTA! Para isto terminar bem ainda te dou um soco!
- Toma e embrulha, Daniel. - disse a Beatriz - Agora vamos mas é voltar ao trabalho.
- Então, como te chamas?
- João- respondeu o “agentezinho” - e o traficante chama-se Zagreb.
- Tem o nome da capital da Croácia! Que giro! – espantou-se a Beatriz.
- E onde está ele? - perguntei eu.
- Na Floresta Verde. - respondeu o “agentezinho”.
E lá fomos nós para a tal floresta. Como o nome indicava, a floresta era verde, mas escura, ofuscante e assustadora...
Quando chegamos a uma gruta, paramos e, ao sinal do “agentezinho”, entramos. Era tudo preto e assustador e nós ficamos arrepiados.
- Aiiii, Deus, salva-me!!! - pedia o Daniel.
- Mais alguém, além de mim, tem os cabelos em pé? - perguntou a Beatriz.
- Tu é que querias isto, portanto a culpa é toda tua, Bea! - disse eu.
Vestimos umas capas pretas, para passarmos despercebidos, e lá continuamos, com “pele de galinha”. De repente, uma voz atrás de nós:
- Que lindos meninos, hehehe!!! Bem-vindos, hehehe!!!
- Olá - respondi eu com voz grossa, a tentar não gaguejar e a fingir de má. - Viemos ver o… o produto!
- Óptimo! É mesmo para isso que aqui estou, conforme o combinado com o vosso contacto!
Dito isto, ele passa-me para a mão um pacote que eu supus que continha uma qualquer droga.
- Ó… ótimo, hehehe…
- Agora o pagamento.
- Oh, não - pensava eu, já a suar.
- Lara, o teu cetro! – sussurra-me a Beatriz.
- Certo, certo, o cetro! - sussurro eu.
Então, decidida, peguei no cetro e disse com voz firme:
- Estás detido por tráfico de droga, Zagreb!!! (parecia tão fixe, naquela altura!...)
- O QUÊ?! NÃO! NÃO! NÃO ME PRENDAS! - pedia o traficante. – Eu sou um mero “correio”!
Rapidamente, antes que ele tivesse tempo para qualquer movimento, pus-lhe umas algemas e a Beatriz chamou a polícia, sim, porque não era eu que o ia prender!
- Que seca ter de esperar que eles cheguem – dizia o Daniel.
- Ganhaste outra vez…- murmurava o Zagreb com uma voz grave.
- Cala-te, ó traficante! Ninguém te perguntou nada! – gritou a Beatriz.
- Eu não sou Zagreb, sou eu, o teu pior pesadelo! Parece que apanhaste mais um dos meus Rose, mas não tarda até também perderes.
- Gore!!! Só podias ser tu!
 - Um dia vai-vos acontecer o mesmo que aconteceu à Yellow ou o que aconteceu à Green e aí veremos quem realmente ganhou.
A minha cara mudou rapidamente da alegria para a tristeza, só de me lembrar:
-Eu não vou deixar que lhes toques!
- Veremos quem perdeu, veremos…- e, dito isto, ele ficou inconsciente.
Olho para a Beatriz Azevedo e para o Daniel e grito:
- Só por cima do meu cadáver!!!